Entenda melhor a calvície feminina | Dra. Carla Bortoloto

Entenda melhor a calvície feminina

Entenda melhor a calvície feminina

 Existem várias causas para a queda de cabelo nas mulheres. A principal causa é desencadeada pela deficiência de ferro, ou seja, pela anemia. Isso acontece quando a mulher não consegue obter a quantidade de ferro ideal por meio da alimentação.  

 Outra causa é a hormonal e pode estar associada com outros sintomas, como acne, obesidade, irregularidade menstrual e aumento de pelos pelo corpo. A característica hereditária da calvície não é tão presente nem comum nas mulheres.

 A frequência de alopecia androgenética, que é a denominação para a etiologia genética na mulher é menos comum. No homem sua incidência é muito maior. Isso se dá pela presença dos hormônios masculinos e seus receptores que estão em maior quantidade nos homens, no momento da apresentação clínica.

 A alopecia androgenética na mulher pode se apresentar em qualquer fase da vida, após a primeira menstruação, já que a mulher entra na fase hormonal e fica sujeita a apresentar essa queixa. Porém, é mais comum após os 30 anos de idade.

 Existem alguns tipos de queda de cabelo que podem estar associados a doenças autoimunes, com lúpus eritematoso sistêmico e liquem plano, que são doenças que acometem vários órgãos diferentes e a queda de cabelo pode estar associada, por isso a avaliação de um especialista em Dermatologia é essencial.

 O diagnóstico precoce é fundamental. O Dermatologista vai determinar qual a causa da queda de cabelo para depois indicar o tratamento mais adequado. Existem milhares de tratamentos para queda de cabelo na mulher, como por exemplo: regulação hormonal (Anticoncepcionais adequados), complexo vitamínico com vitaminas necessárias e outros compostos de uso oral que fortalecem e revitalizam o couro cabeludo e a haste capilar, intradermoterapia capilar (que é aplicação semanal de uma mescla de ativos no couro cabeludo), LED (Luz emissão diodo, que estimula o folículo piloso) e ainda o transplante capilar. Todos esses tratamentos devem ser muito bem indicados por um especialista em Dermatologia, e na maioria dos casos a associação de vários tratamentos ajuda na satisfação do resultado.

 Ao contrário do que se pensa, alisamento, escova progressiva e tinturas são procedimentos que não alteram e não causam queda de cabelo, eles podem causar a quebra do fio, gerando um aspecto de cabelo ressecado, desidratado e desvitalizado. Mas não são causadores de queda de cabelo.

 O uso correto desses artifícios não prejudica o cabelo! O secador deve ser usado para secar os cabelos a uma distância de 20 cm do fio e depois com uma escova é possível modelar o cabelo. A chapinha nunca deve ser utilizada com o cabelo molhado ou úmido, sempre após a secagem com um secador. Os produtos químicos devem ser utilizados com cautela, lembrando que é preciso checar se têm a liberação da vigilância sanitária para serem utilizados.

Dra. Carla Bortoloto
Dra. Carla Bortoloto
Médica dermatologista, CRM-SP 122.883, formada pela UNIG (RJ). Especializou-se em Clínica Médica e Medicina Interna pela Casa de Saúde São José (RJ) e em Dermatologia Clínica e Cirúrgica pela Faculdade de Medicina Souza Marques (RJ). É membro da American Academy of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Dermatologia Clínica e Cirúrgica (SBDCC).

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