Conheça tratamentos estéticos indicados e proibidos no pós-parto

Tratamentos estéticos indicados e proibidos no pós-parto

Especialistas comentam os tratamentos estéticos indicados e proibidos no pós-parto

Ser mãe é um passo importante e traz muita alegria, amor e satisfação. No entanto, o período pós-parto carrega também preocupações com a beleza e é comum a ansiosidade para voltar à antiga forma. Apesar de existir um grande leque de tratamentos de beleza disponíveis no mercado, alguns podem apresentar riscos tanto para você quanto para seu bebê.

“É preciso ter em mente que não há pressa, a própria natureza se encarrega de fazer o corpo voltar ao normal e amamentar já ajuda muito nessa tarefa. Antes de procurar algum tratamento mais invasivo, a mulher deve esperar o corpo voltar ao normal, o que leva cerca de 3 meses”, aconselha a cirurgiã plástica Suzy Vieira, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Sociedade Brasileira de Laser. Antes do período de três meses, é comum que o útero ainda esteja inchado, bem como outras partes do corpo, dando uma ideia falsa da forma física.

Quer saber o que é permito ou não? Confira:

Tratamentos para pele:

Peeling químico e mecânico

Famoso por reduzir manchas e amenizar as rugas, o peeling químico é desaconselhado durante toda a amamentação. “Tanto para face quanto para estrias, os produtos são absorvidos pela pele e alguns atravessam a barreira placentária ou são excretados pelo leite, e acabam ingeridos pelo bebê. É desaconselhado desde a gravidez”, explica a dermatologista Carla Bortoloto,  professora da pós-graduação em Dermatologia pela Faculdade de Medicina Souza Marques. Peelings mecânicos, que não usam nenhum tipo de ácido, como os de diamante e cristal, estão liberados e também ajudam na melhora da pele.

Lasers

Os tratamentos com laser são populares, já que ajudam no emagrecimento, na redução de gordura localizada e celulite, e até mesmo na depilação. No entanto, Carla diz que eles não devem ser procurados durante e nem logo após a gestação. “Os lasers nunca foram testados cientificamente nesses casos, então podem ter reações e o melhor é não se arriscar”, completa.

Drenagem linfática

Outro tratamento queridinho das mulheres, a drenagem está liberada parcialmente. Como as condições de um parto nunca são iguais, cada pessoa deve perguntar ao ginecologista se pode ou não fazer. “Se o ginecologista avaliar que não há riscos, está liberado”, diz.

Protetor solar

O protetor solar nunca deve ser dispensado, como explica a doutora Carla. “Durante a gravidez, a mulher tem um excesso de produção hormonal, que pode dar manchas como melasma, que pioram no pós-parto”. A dica da profissional é procurar pelosprotetores físicos, que não reagem com a pele e apenas refletem a luz. O protetor solar comum é contraindicado em crianças até os seis meses, portanto pode causar alergias no contato com os pequenos.

Toxina botulínica e preenchimentos

“A toxina botulínica e qualquer tipo de preenchimentos para linhas de expressão estão proibidos no pós-parto, porque as substâncias podem ser eliminadas pelo leite e colocar a saúde do bebê em risco”, destaca Carla.

Tratamentos cirúrgicos:

Abdominoplastia

“Embora algumas pessoas achem que pode ser feito junto com o parto, o risco é altíssimo e coloca a vida da mãe em risco”, adverte Suzy. A cirurgiã diz que abdominoplastias, as populares plásticas na barriga, só devem ser realizadas quando o corpo tiver retornado ao seu normal, o que acontece entre os 8 e 12 meses.

Radiofrequência

Indicada para reduzir a flacidez no abdômen, a técnica não pode ser realizada imediatamente após o parto. “É possível realizar sem nenhum risco seis meses depois do nascimento da criança”, completa Suzy.

Criolipólise

Apesar de não fazer nenhum corte na pele, a técnica que “congela” a gordura também não deve ser feita quando o bebê nasce, o ideal é que você aguarde três meses.

Manipulações na mama

Toda e qualquer intervenção na mama está fora de questão até o final da amamentação, porque pode causar danos graves e infecções por conta do contato com o leite e, no caso de cirurgias de aumento, erro no tamanho. “A mama só deve ser manipulada três meses após a amamentação, para que ela volte ao seu normal”, conta Suzy.

As médicas concordam que, no geral, os tratamentos invasivos devem ser evitados e a pele deve estar sempre bem hidratada e protegida dos raios solares. As duas aconselham o uso das cintas desde a saída do hospital, que comprimem a cintura e ajudam que ela volte ao tamanho normal.

Fonte: www.m.daquidali.com.br

Dra. Carla Bortoloto
Dra. Carla Bortoloto
Médica dermatologista, CRM-SP 122.883, formada pela UNIG (RJ). Especializou-se em Clínica Médica e Medicina Interna pela Casa de Saúde São José (RJ) e em Dermatologia Clínica e Cirúrgica pela Faculdade de Medicina Souza Marques (RJ). É membro da American Academy of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Dermatologia Clínica e Cirúrgica (SBDCC).

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