Calvície feminina: como identificar e tratar | Dra. Carla Bortoloto

Calvície feminina: como identificar e tratar

Se você pensa que a calvície só afeta os homens, está enganada. Já ouviu falar de calvície feminina? Sim, ela existe. “É muito comum nas mulheres, mas poucas sabem da existência de diversos tratamentos efetivos. Quanto mais cedo começar a cuidar, mais rápido o resultado será visto”, explica a dermatologista Carla Bortoloto, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Clínico Cirúrgica.

Mas o que afinal, é a calvície feminina?

“A calvície ou alopecia é o termo técnica de queda de cabelo. Existem várias causas e cada uma deve ser avaliada em particular, por meio de um exame dermatológico”, diz a médica. De acordo com ela, as causas podem ser variadas e podem ser genéticas, deficiências nutricionais, alterações hormonais e estresse, entre outras  “Por isso, o acompanhamento especializado é fundamental”, afirma.

Dá para evitar?

Como as causas são variadas, algumas podem ser prevenidas e outras, não. Dá para tentar controlar o estresse e a alimentação, por exemplo, mas se for uma questão genética, por exemplo, a situação pode ser mais complexa. “Depende muito de cada caso. Não existe uma maneira generalizada de realizar essa prevenção. É necessário procurar um dermatologista que seja especializado em cabelos para analisar todas as maneiras de evitar a perda efetiva dos fios”, recomenda Carla.

Os sinais da calvície

Mas como perceber o início da calvície? Cabelos caem todos os dias, mas quando a situação é mais grave a quantidade é maior. “É importante ficar alerta se a perda de cabelos ou pelos for maior do que 100 ou 120 fios por dia. Encontrar mais de seis fios no travesseiro pela manhã é um forte indício de que algo está errado”, afirma o dermatologista Valcinir Bedin, presidente da Sociedade Brasileira do Cabelo.

Como tratar a calvície feminina

“A primeira coisa a se fazer é ter um diagnóstico certo para que o tratamento seja adequado. Hoje, existem muitos tratamentos e medicamentos, que podem amenizar e até reverter o problema”, explica Bedin.

“O diagnóstico pode ser feito por meio de um simples exame clínico, com o auxílio de um dermatoscópio capilar, que consegue analisar com aumento de vinte vezes o couro cabeludo”, afirma Bortoloto. “ Além disso, na maioria das vezes, é necessária a realização de exames de sangue para ajudar no diagnóstico”, completa.

O tratamento é o mesmo para quem tem fios crespos ou lisos. “Não depende da característica do fio e sim do tipo de queda de cabelo”, diz a especialista. “Existem diversas maneiras de tratar a calvície. Depende muito de cada tipo de queda. O tratamento pode ser laser capilar, intradermoterapia, microagulhamento de couro cabeludo e ainda complexos manipulados para uso oral”, exemplifica.

Para ficar tudo bem

Já sabemos que nem todos os tipos de calvície são fáceis de prevenir. No entanto, algumas condições ajudam a manter o funcionamento do organismo em dia, o que inclui, é claro, o couro cabeludo e a força e resistência dos fios. “O ideal é manter uma alimentação correta, bom sono e descanso, sem estresse. Lavar os cabelos com água na temperatura de 22 graus e produtos de boa qualidade ajudam”, recomenda Bedin.

Agora que você já sabe tudo sobre calvície feminina, previna-se e compartilhe as informações com as amigas!

Dra. Carla Bortoloto
Dra. Carla Bortoloto
Médica dermatologista, CRM-SP 122.883, formada pela UNIG (RJ). Especializou-se em Clínica Médica e Medicina Interna pela Casa de Saúde São José (RJ) e em Dermatologia Clínica e Cirúrgica pela Faculdade de Medicina Souza Marques (RJ). É membro da American Academy of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Dermatologia Clínica e Cirúrgica (SBDCC).

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