Cuidar das unhas faz parte da rotina feminina. Grande parte das mulheres prefere suas unhas compridas para abusar da variedade de cores de esmaltes disponíveis no mercado. Por isso, não é uma surpresa que o alongamento de unhas tenha se tornado um dos serviços mais buscados nos salões de beleza.
O procedimento pode ser realizado usando diversas técnicas diferentes, como as clássicas unhas postiças coladas ou com o uso de gel, acrílico e, a mais nova queridinha, fibra de vidro. Pelo fácil acesso aos produtos, tudo parece muito seguro, certo? Mas, então, qual é o risco para a saúde das unhas?
Alongamento de unhas causa alergia?
Recentemente, a Associação Britânica de Dermatologistas emitiu um alerta sobre uma epidemia de alergia de contato no Reino Unido e na Irlanda, predominantemente entre mulheres. A causa do aumento dos casos, inclusive aqui no Brasil, é uma reação aos principais ingredientes dos produtos utilizados em unhas de acrílico, de gel e de polimento de gel.
A comprovação veio por meio de um estudo que avaliou se os produtos químicos contendo (met) acrilato poderiam causar alergia em humanos. O resultado foi uma taxa positiva para 2,4% das pessoas testadas.
As unhas de gel, aplicadas na unha natural e nas extensões, são derivadas de metanfetamina (acrilatos), que endurece sob uma lâmpada ultravioleta. Já as unhas acrílicas são misturadas no salão. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, um dos grandes problemas é que cada estabelecimento utiliza a sua técnica e mistura substâncias que contêm metil metacrilato para fixar as unhas.
As extensões de unha também exigem o uso de colas de unha, que podem conter produtos químicos chamados cianoacrilatos. Por isso, todos esses procedimentos apresentam o risco de provocar uma reação alérgica. Bem como o uso de esmaltes em gel, um produto híbrido de gel e esmalte muito popular, até para quem não optou pelo alongamento de unhas.
Em consequência à alergia, a paciente pode apresentar coceira e vermelhidão em qualquer parte do corpo que entrou em contato com as unhas, até mesmo as regiões íntimas. E, em alguns casos, também provoca o afrouxamento das unhas e erupção cutânea.
Outros riscos
Independentemente do tipo de procedimento ou dos produtos utilizados, é importante entender também que as unhas originais podem enfraquecer e se tornarem quebradiças e opacas com o uso constante do alongamento. Principalmente porque sua remoção é realizada por polimento, raspagem ou imersão em acetona.
A colocação precisa ser feita por uma profissional com experiência para que não machuque a cutícula, formem bolhas de ar ou sobrem espaços entre as duas unhas, deixando-as mais suscetíveis à umidade. Tudo isso pode facilitar o aparecimento de fungos e bactérias, além de consequentes micoses.
Os sinais de infecções como essas geralmente incluem pontos esverdeados, amarelados, esbranquiçados ou pretos nas unhas, mudanças em seu aspecto e formato, fragilidade e/ou presença de pus.
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Como cuidar da saúde das unhas alongadas
Para se proteger dos riscos do alongamento e cuidar da saúde das suas unhas, você pode adotar algumas atitudes simples no seu dia a dia. Para quem realiza o procedimento por conta própria com um kit caseiro, a Associação Britânica de Dermatologistas orienta uma atenção redobrada.
Certifique-se da procedência e qualidade dos produtos escolhidos e siga as instruções cuidadosamente para o uso da lâmpada UV. Quando o produto não seca corretamente na unha, as chances de uma reação alérgica são maiores. Se possível, também procure evitar seu contato direto da pele e mantenha o ambiente ventilado caso possua cheiro forte.
Para realizar tarefas como lavar louça, as luvas plásticas são uma boa forma de proteção das unhas e, mesmo no banho, prefira a água em uma temperatura não muito quente. Lembre-se de hidratar as mãos e cutículas com cremes adequados – cutículas ressecadas podem facilitar as irritações e alergias. E realize a manutenção das unhas a cada 15 dias, conforme orientado, para mantê-las saudáveis.
A Academia Americana de Dermatologia ainda ressalta a importância de não colocar força na unha, usando sua ponta para abrir latas ou tampas, por exemplo. Além de quebrá-la facilmente, pode provocar machucados que deixam a região mais exposta. Evite também o contato com produtos solventes ou com acetona.
Tratamento
Ao notar qualquer tipo de sintoma ou alteração nas unhas e na pele, é importante consultar um dermatologista imediatamente para o tratamento adequado. Dependendo do quadro, pode levar meses para que elas retornem ao estado normal.
E vale ressaltar que a orientação da Sociedade Brasileira de Dermatologia é de que mulheres grávidas, pessoas com pele sensível ou que tenham doenças de pele ou na unha evitem qualquer tipo de alongamento de unhas para se proteger de complicações.
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