Especialistas dão dicas de como cuidar das roupas das crianças para evitar alergias
Uma mulher no final da gravidez e um varal repleto de roupas minúsculas: cenário muito comum para quem tem filhos. Diferentemente do que muita gente imagina, o hábito de lavar a roupa do recém-nascido não é um simples costume ou mesmo frescura, ele é essencial para manter a saúde dos bebês.
“É muito importante lavar todas as roupas antes do primeiro uso porque a pele do recém-nascido é bem sensível. Qualquer tipo de resíduo ou sujeira deve ser eliminado, já que a imunidade no primeiro mês após o nascimento é diferente das outras fases da vida e devemos nos precaver de qualquer tipo de contaminação”, alerta a pediatra e neonatologista Renata Mascaretti, do Hospital Israelita Albert Einstein (SP).
O sabão de coco é o mais indicado para higienizar as roupas das crianças até os 2 anos de idade. Além disso, nesta faixa etária, é desaconselhável misturar as roupas de crianças e adultos na hora da lavagem, bem como fazer uso de qualquer produto mais forte para a remoção de manchas. “Evite aplicar amaciante, alvejante, sabão em pó e, até mesmo, lavar as roupas dos pais junto com a dos filhos, pois os produtos utilizados na lavagem das peças dos adultos são diferentes e podem causar alergias”, diz a dermatologista Carla Bortoloto, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Clínico Cirúrgica (SBDCC).
Outros cuidados
Os médicos também são unânimes ao afirmarem que passar a roupa ajuda a prevenir possíveis irritações e alergias na pele. Isso porque as altas temperaturas ajudam a eliminar germes e bactérias.No mais, ao ir às compras, vale ficar de olho no tecido e nos acessórios das roupas dos bebês, dando preferência para as peças feitas de algodão e com enfeites que não ofereçam perigo para as crianças.
“A escolha e os cuidados inadequados com as roupas podem fazer com que o bebê desenvolva, principalmente, dermatites e alergias, que são caracterizadas por irritação na pele, bolinhas avermelhadas e até mesmo bolhas, nos casos mais intensos”, explica Renata. Portanto, ao observar qualquer alteração, os pais devem procurar o médico para tirar as dúvidas e decidir a melhor conduta.