Quais as causas das estrias? | Dra. Carla Bortoloto

Quais as causas das estrias?

 Lesões acometem homens e mulheres, e são provocadas pelo estiramento exagerado da pele ou devido a alterações hormonais.

Elas chegam sem avisar, atingem mulheres e homens, e causam grande desconforto quando ficam aparentes. Essas são as estrias, cicatrizes resultantes da ruptura das fibras que dão sustentação e elasticidade à pele.

Inicialmente, as lesões são avermelhadas ou róseas. Elas têm essa cor porque, na tentativa de recuperar a região, o local se enche de vasos sanguíneos e incha. Depois, as células se acalmam e se compactam. É nesse momento que aparecem os riscos mais claros, o que significa que as estrias envelheceram e evoluíram para uma tonalidade esbranquiçada.

Essas indesejáveis marcas aparecem em qualquer parte do corpo. No entanto, entre as mulheres são mais frequentes nas regiões mamária, abdominal, dos glúteos e membros inferiores. Já nos homens, predominam nas áreas dorsal e torácica, assim como nos membros superiores.

As estrias costumam aparecer em qualquer pessoa que apresente predisposição e também diante de alguns fatores desencadeantes, que podem ser:

  • Desidratação da pele, causando a quebra das fibras elásticas.
  • Genética, pois as características da pele (como elasticidade e resistência) são herdadas.
  • Estiramento da pele, seja por aumento de peso ou gravidez ou, ainda, crescimento acelerado.
  • Aumento do nível hormonal (como na gravidez), uso de anabolizantes ou até anticoncepcional.
  • Uso de medicamentos (tópico ou oral), como o corticoide.

Tratamento

Enquanto as estrias possuem tom avermelhado, existe uma maior chance de remoção total ou quase total das marcas. Quando elas ficam esbranquiçadas, significa que já foi consolidado o processo de fibrose e, por se tratarem de cicatrizes, não será possível removê-las. Os cuidados nessa fase serão no sentido de suavizá-las e evitar o aparecimento de outras.

É por esses motivos que a Dra. Carla Bortoloto, médica especializada em dermatologia clínica e cirúrgica e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Clínico Cirúrgica (SBDCC), afirma que o tratamento depende muito do paciente e de cada tipo de estria. “Há fatores que interferem na indicação do tratamento e nos resultados. Costumo recomendar o uso de creme com ácidos em casa, realização de peeling em clínicas especializadas, aplicação de laser, assim como o microagulhamento associado à radiofrequência”, explica.

Ainda de acordo com a especialista, existem hábitos que, se adotados, podem ajudar a prevenir o aparecimento das estrias ou, ao menos, amenizá-las. “A pessoa deve hidratar muito bem a pele, ingerir muito liquido, além de evitar tanto o ganho excessivo de peso quanto o uso de cremes com corticoides em sua formulação sem a orientação médica”.

As estrias causam um impacto negativo na autoestima do indivíduo. Como é impossível prever seu aparecimento, é importante estar atento aos sinais. Caso perceba qualquer diferença em sua pele, procure o dermatologista imediatamente, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, mais fácil será o tratamento.

Fonte: boletimdrograria.com.br

Dra. Carla Bortoloto
Dra. Carla Bortoloto
Médica dermatologista, CRM-SP 122.883, formada pela UNIG (RJ). Especializou-se em Clínica Médica e Medicina Interna pela Casa de Saúde São José (RJ) e em Dermatologia Clínica e Cirúrgica pela Faculdade de Medicina Souza Marques (RJ). É membro da American Academy of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Dermatologia Clínica e Cirúrgica (SBDCC).

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