O que é impetigo e como tratar? Veja o que é preciso saber

Desvendando o que é o impetigo: sintomas, causas, diagnóstico e tratamento

Dermatologista analisando a pele

O impetigo é uma condição cutânea comum que afeta principalmente crianças e bebês. Embora seja uma doença de pele conhecida, muitas pessoas têm dúvidas sobre o que é impetigo, como identificá-lo e o que fazer para tratar. Neste artigo, exploraremos todos os aspectos do impetigo, desde seus sintomas até métodos eficazes de tratamento. Então, continue a leitura.

O que é o impetigo?

O impetigo é uma infecção bacteriana da pele, geralmente causada pelas bactérias Staphylococcus aureus ou Streptococcus pyogenes. Essas bactérias podem entrar no corpo por meio de cortes, arranhões ou picadas de insetos, levando ao desenvolvimento do impetigo.

Mas, é importante reforçar que apesar de comum, essa condição é altamente contagiosa e pode se espalhar através do contato físico direto ou ao compartilhar objetos pessoais, como toalhas. Portanto, é fundamental adotar medidas de prevenção e higiene rigorosas para evitar a propagação do impetigo.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o impetigo pode afetar qualquer pessoa, mas é mais comum em crianças, especialmente aquelas que frequentam creches ou escolas. Além disso, a falta de higiene adequada e condições limitadas de vida podem aumentar a incidência dessa infecção cutânea.

Sintomas do impetigo e fatores de risco para a doença

Os sintomas do impetigo incluem lesões cutâneas que se assemelham a pequenas bolhas ou úlceras, frequentemente rodeadas por uma borda vermelha, sendo comum a ocorrência de coceira intensa. Além disso, essas lesões podem se romper e formar crostas douradas ou amareladas.

O impetigo pode ser confundido com outras condições de pele, como eczema ou até mesmo herpes. Portanto, é essencial procurar a avaliação de um profissional de saúde para um diagnóstico preciso e início do tratamento adequado.

Em alguns casos, pacientes podem abrigar as bactérias em seu organismo sem manifestar sintomas. Mas, ao longo do tempo, as bactérias presentes no nariz podem se espalhar para outras partes do corpo por meio do contato das mãos, podendo resultar em infecções de pele persistentes, como o impetigo, ou na transmissão das bactérias para outras pessoas.

Fatores de risco para o impetigo

Os principais motivos que aumentam o risco de ter impetigo são:

  • Morar em lugares quentes e úmidos;
  • Ficar perto de pessoas doentes, principalmente em locais com muitas crianças, como escolas e creches;
  • Não ter uma boa higiene pessoal, incluindo não lavar bem as mãos, rosto ou corpo;
  • Já ter problemas de pele, como eczema, psoríase ou queimaduras de sol;
  • Ter sarna (escabiose);
  • Ter feridas na pele devido a arranhões, cortes ou picadas de insetos;
  • Ter diabetes;
  • Estar sujeito a situações que enfraquecem o sistema imunológico, como ter HIV ou usar medicamentos que diminuem as defesas do corpo.

Leia também: Conheça as principais causas de bolinhas no corpo e quando elas estão associadas a coceira e vermelhidão

Prevenção, diagnóstico e tratamento do impetigo

A prevenção do impetigo envolve práticas simples de higiene, como lavar as mãos regularmente, manter as unhas curtas e limpas, bem como evitar o compartilhamento de objetos pessoais. Além disso, ensinar as crianças a praticarem bons hábitos de higiene também é fundamental na prevenção do impetigo em ambientes escolares.

Quanto ao diagnóstico e tratamento do impetigo, eles geralmente envolvem medidas específicas para combater a infecção bacteriana na pele.

Diagnóstico

Exame clínico

O médico pode diagnosticar o impetigo com base no exame físico e na aparência característica das lesões na pele, como bolhas, feridas ou crostas, por exemplo.

Cultura de amostras

Em alguns casos, o médico pode realizar uma cultura de amostras das lesões para identificar as bactérias causadoras e determinar a melhor abordagem terapêutica.

Tratamento

Supreendentemente, muitos casos de impetigo se curam sozinho. Mas, o tratamento é fundamental para evitar complicações e a transmissão, além de desacelerar o desenvolvimento das lesões.

Antibióticos tópicos

Lesões leves de impetigo podem ser tratadas com antibióticos tópicos, como pomadas ou cremes antibacterianos, aplicados diretamente na pele. Mas, somente se indicados por um profissional.

Antibióticos orais

Casos mais graves ou extensos podem requerer o uso de antibióticos orais, prescritos pelo médico para combater a infecção de forma mais abrangente.

Higiene adequada

Manter uma boa higiene pessoal, lavando as mãos regularmente e mantendo as áreas afetadas limpas, por exemplo, é crucial para prevenir a propagação da infecção.

Isolamento

Pacientes com impetigo devem evitar o contato próximo com outras pessoas até que estejam em tratamento e não apresentem mais lesões contagiosas.

É fundamental seguir as orientações médicas quanto à duração do tratamento com antibióticos, mesmo que os sintomas melhorem antes do término do medicamento. Assim, você garante a erradicação completa da infecção e previne recorrências. Em casos de complicações ou falta de melhora, é importante procurar orientação médica para ajustes no plano de tratamento.

Veja: Tudo sobre alergia na pele: tire suas dúvidas e saiba como tratar e prevenir

O impetigo, embora comum, é uma condição tratável e evitável. Com a compreensão dos sintomas, causas, diagnóstico e tratamento, é possível lidar com essa infecção cutânea. Ao promover a conscientização sobre o impetigo e adotar medidas preventivas, podemos contribuir para a saúde da pele, especialmente entre as crianças e bebês. Lembre-se sempre de procurar a orientação de um profissional de saúde para um diagnóstico e tratamento adequados.

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Dra. Carla Bortoloto
Dra. Carla Bortoloto
Médica dermatologista, CRM-SP 122.883, formada pela UNIG (RJ). Especializou-se em Clínica Médica e Medicina Interna pela Casa de Saúde São José (RJ) e em Dermatologia Clínica e Cirúrgica pela Faculdade de Medicina Souza Marques (RJ). É membro da American Academy of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Dermatologia Clínica e Cirúrgica (SBDCC).

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