Depilação a laser: como funciona, quanto custa, riscos e muito mais

Depilação a laser: como funciona, quanto custa, riscos e mais

Mulher passa por depilação a laser nas pernas

Cera, lâmina e linha: nenhum método de depilação é agradável, mas a sensação posterior a eles compensa o sacrifício para muitos homens e mulheres. Na tentativa de acabar com essas “sessões de tortura” surgiu a depilação a laser. Ela pode ser dolorosa, é verdade, mas ao menos elimina os pelos de maneira quase definitiva.

O que é?

A dermatologista Renata Sitonio, da clínica Sitonio, explica que a depilação a laser é uma técnica que utiliza um feixe de luz diretamente na raiz do pelo, causando sua destruição desde o folículo piloso.
“O laser é seletivo porque, devido ao comprimento de onda, tem predileção pelo pigmento melanina – que dá cor escura aos tecidos –, por isso os brancos e loiros não podem ser eliminados por esse método”, afirma.

É o mesmo mecanismo que garante, ainda, que a pele não seja queimada, já que tem menos melanina. Porém, peles negras, que são ricas na substância, também podem fazer depilação a laser, desde que seja usado um equipamento específico, o laser nd-yag.

Apesar de duradoura, a depilação a laser não é definitiva pois alguns pelos podem renascer depois de 5 anos.

Como funciona depilação a laser?

Preparo
A dermatologista Teresa Noviello, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, afirma que a preparação começa pelo menos um mês antes da sessão de depilação a laser, período em que é importante não retirar os pelos pela raiz. “Só pode raspar com lâmina. Isso é importante para que o laser tenha afinidade, ou seja, penetre a pele e seja conduzido até o bulbo”, afirma.

Já no momento das sessões é indicado que os pelos estejam curtos, portanto deve-se raspá-los alguns dias antes.

Não estar bronzeada também é fundamental porque o laser pode atingir a melanina da pele e causar queimaduras.

Procedimento
O procedimento deve ser feito por um especialista (fisioterapeuta, esteticista ou dermatologista) em consultórios ou clínicas.

Tanto o profissional quanto o cliente devem usar óculos específicos para evitar danos do laser aos olhos

A aplicação é feita com um aparelho de depilação a laser cuja emissão ocorre por meio de uma ponteira específica.

Existem diferentes tipos de lasers que apresentam número de sessões e sensação de dor diferentes. “Segundo estudos, o mais eficaz é o light sheer”, diz a médica Teresa Noviello.

Recuperação
Após as sessões pode haver ardência e formação de casquinhas discretas na pele, mas sem consequências importantes. Podem ser prescritos cremes ou pomadas para aliviar o incômodo.

Após o procedimento, é recomendado evitar o uso de desodorantes, cremes e perfumes, principalmente os que contêm álcool.

Leia também: 8 perguntas e respostas sobre depilação a laser

Depilação a laser dói?

“A depilação a laser não é completamente indolor, porém seu incômodo é suportável e passageiro” ressalta a dermatologista Andréa Sampaio, da clínica Dermasense.

Podem ser usadas estratégias para amenizar a dor durante o tratamento, como gelo local, anestésico tópico e outros. “As áreas mais sensíveis são a face e genitália”, explica Andréa.

Quem pode fazer?

De acordo com a dermatologista Kaliandra Vanni Cainelli, todo homem e mulher pode fazer depilação a laser, contudo os resultados são melhores em pessoas com pelos escuros.

A técnica pode ser aplicada em todas regiões do corpo, exceto sobrancelhas devido à proximidade com os olhos.

Indicações
A depilação a laser é indicada principalmente para pessoas com histórico de foliculite, inflamação do folículo capilar.

É ainda um excelente tratamento para homens que sofrem com pelo encravado na barba.

Quantas sessões são necessárias?

Segundo Kaliandra, a quantidade de sessões varia de acordo com a área depilada, a tonalidade dos pelos e a cor da pele. “Em média, são necessárias no mínimo 6 sessões, podendo chegar a 12”.

A duração da sessão varia conforme a área, podendo levar de 5 minutos a 1 hora.

Quais as vantagens em relação aos outros métodos?

Além da segurança, a depilação à laser proporciona ótimo resultado estético e tem baixo risco de alergia, diferente de lâminas e cera.

Por fim, um dos maiores benefícios está em não causar foliculite e tratá-la, já que a eliminação do pelo impede a inflamação.

Riscos e efeitos colaterais

A dermatologista Andréa explica que o principal risco é de queimaduras caso sejam utilizados parâmetros elevados do equipamento. “Isso pode, ainda, causar discretas manchas na pele que desaparecem em alguns dias ou meses”, explica.

Contraindicações

De acordo com a dermatologista Carla Bortoloto, as contraindicações envolvem pessoas com pele bronzeada, pele machucada, gestantes ou portadores de algum tipo de doença cutânea como psoríase, lúpus ou infecção.

Mulheres e homens com pelos muito claros e finos também podem não ter um resultado satisfatório, já que falta melanina para o laser.

Leia também: De onde vem e por que é tão difícil tratar a celulite

Quanto custa depilação a laser?

A dermatologista Andréa explica que o valor varia de acordo com a extensão da área a ser tratada, com o tipo de máquina de depilação a laser utilizada e a densidade de pelos na região, como as costas por exemplo.

De maneira geral, os valores variam entre R$ 100 e R$ 1.000 por sessão, a depender da área depilada.

Virilha
O preço de depilação a laser na virilha é, em média, de R$ 300,00* por sessão.

Axila
Depilar axilas definitivamente custa aproximadamente R$ 250,00*.

Pernas
Custa em média R$ 1000* para depilar a laser as pernas por sessão.

Peito
Em média R$ 450,00* para cada sessão de depilação a laser na região.

Buço
A sessão de depilação no buço custa R$ 180,00*.

*Todos os valores foram pesquisados em outubro de 2018 e estão sujeitos a alterações.

Fonte: Ativo Saúde

Dra. Carla Bortoloto
Dra. Carla Bortoloto
Médica dermatologista, CRM-SP 122.883, formada pela UNIG (RJ). Especializou-se em Clínica Médica e Medicina Interna pela Casa de Saúde São José (RJ) e em Dermatologia Clínica e Cirúrgica pela Faculdade de Medicina Souza Marques (RJ). É membro da American Academy of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Dermatologia Clínica e Cirúrgica (SBDCC).

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