Pelo encravado: o que é, quais as causas e como evitar

Pelo encravado: o que é, causas e 9 dicas de como evitar

Jovem aplicando hidratante corporal nas pernas

O pelo encravado surge quando o pelo não consegue sair do folículo. Isso provoca uma inflamação no local, causando dor, coceira e lesões avermelhadas. A reação inflamatória causada pelo encravado é chamada de foliculite. Continue lendo e saiba o que é preciso saber sobre o pelo encravado.

O que é o pelo encravado

Os pelos nascem em uma região chamada folículo piloso. Parte desse pelo está dentro da pele (região do bulbo capilar) e parte se projeta acima da pele (porção que enxergamos).

Ao depilar ou aparar a parte dos pelos que se projeta acima da pele, seja com lâmina ou com cera, pode haver uma modificação no pelo. Essa modificação pode “entupir” o folículo, e, portanto, quando o pelo nasce, ele acaba se curvando e entrando na pele novamente. Como o crescimento do pelo é constante, com o tempo, o organismo gera uma reação inflamatória, que é a foliculite.

A foliculite é caracterizada por lesões avermelhadas com bolinhas que tem aspecto de espinhas. Além disso, é comum ocorrer dor e coceira na região. Nem sempre as bolinhas apresentam pus, mas pode ocorrer.

A condição ocorre de forma mais comum em pelos grossos ou encaracolados, sob cicatrizes e em regiões como rosto, pescoço, nuca, pernas, axila e virilha.

O que causa o pelo encravado?

A causa mais comum para o pelo encravado e foliculite é a depilação. A depilação com lâmina, por exemplo, causa micro lesões na pele, facilitando a entrada de bactérias.

Outras causas incluem atrito na região e uso de roupas apertadas, pois impedem o pelo de atravessar a pele.

9 dicas de como evitar o pelo encravado

1. Limpe a área antes e depois de se depilar

A limpeza da pele antes do processo de depilação é importante para evitar a contaminação dos poros e folículos. Isso diminui a chance do pelo encravar e de ocorrer a foliculite.

Além disso, realizar a higiene em água morna facilita a abertura dos poros e, consequentemente, a saída do pelo em caso de depilação com cera. Com a abertura dos poros a pele se torna mais suscetível a infecções, por isso é essencial uma higiene adequada.

2. Esfolie a região alguns dias antes da depilação

A esfoliação facilita a remoção de células mortas e de sujidades que se acumulam na pele. Portanto, ela auxilia a saída do pelo. Esfolie em movimentos circulares, leves e com produtos adequados. Não utilize receitas caseiras, pois elas podem “entupir” ainda mais os folículos, aumentando a ocorrência de pelo encravado.

Algumas regiões podem ser esfoliadas uma vez na semana, outras apenas a cada 15 dias. É importante que um dermatologista avalie e indique a frequência necessária para sua pele.

3. Utilize a lâmina no mesmo sentido de crescimento do pelo

Utilizar a lâmina no mesmo sentido do pelo evita traumas e lesões na pele. Além disso, diminui a chance dos pelos nascerem de forma desordenada, diminuindo também a foliculite.

4. Evite utilizar lâminas velhas, enferrujadas ou com pouco corte

As lâminas velhas, enferrujadas e com pouco corte contribuem para a ocorrência de pelos encravados. De preferência para aquelas novas com um maior número de lâminas.

5. Não passe a lâmina na pele seca

Quando a pele está seca, há maior atrito e pode ocorrer mais lesões. Opte sempre por utilizar loções, cremes e produtos específicos para facilitar o deslize da lâmina.

6. Mantenha a pele da região hidratada

Uma pele hidratada sempre sofre menos abrasão da lâmina e se recupera mais rápido do processo depilatório.

7. Utilize água fria e loções pós-depilação

A água fria ajuda a fechar os poros, evitando a contaminação pós-depilação. Além disso, o uso de loções adequadas a cada tipo de pele hidrata e refresca, diminuindo a dor e sensibilidade após a depilação.

8. Evite o uso de roupas apertadas

Como as roupas apertadas e o atrito contribuem para o surgimento de pelos encravados e foliculite, uma boa alternativa é optar por roupas leves e menos apertadas.

9. Realize depilação a laser

Essa técnica de depilação destrói o folículo piloso, evita o processo infeccioso, diminui a chance de pelos encravados e trata a foliculite, além de ser um método mais duradouro. No entanto, é preciso um investimento maior, pois a depilação a laser costuma ter um preço superior aos demais métodos.

Apesar de comuns, tratamentos caseiros não são recomendados, assim como tentar espremer as bolinhas e ou se automedicar. Pois, as bolinhas, ou pústulas, podem se transformar em uma ferida maior, mais grave e infeccionada com bactérias e fungos. Casos graves, podem necessitar de intervenções cirúrgicas e drenagem. Portanto, sempre busque um médico caso perceba que a foliculite irá agravar, ou não esteja aparentando melhora.

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Dra. Carla Bortoloto
Dra. Carla Bortoloto
Médica dermatologista, CRM-SP 122.883, formada pela UNIG (RJ). Especializou-se em Clínica Médica e Medicina Interna pela Casa de Saúde São José (RJ) e em Dermatologia Clínica e Cirúrgica pela Faculdade de Medicina Souza Marques (RJ). É membro da American Academy of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Dermatologia Clínica e Cirúrgica (SBDCC).

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