Os diferentes tipos de peeling disponíveis buscam, por meio de mecanismos variados, atingir o mesmo objetivo: promover uma descamação controlada de determinadas camadas da pele para, posteriormente, permitir a renovação do tecido.
Quando bem indicados e realizados com os devidos cuidados, eles auxiliam na redução de manchas, acne, linhas de expressão e rugas, entre outros aspectos que afetam a sua saúde e aparência.
Contudo, é fundamental que cada etapa dessa intervenção seja executada respeitando critérios rigorosos, sempre sob a supervisão de um dermatologista. É ele quem fornecerá detalhes sobre o que esperar antes, durante e após cada procedimento.
Entenda o que diferencia cada um dos tipos de peeling
Em geral, as características que distinguem a maioria dos tipos de peeling compreendem o meio pelo qual o processo de “desgaste” será realizado. Dessa forma, é possível recorrer a mecanismos físicos, químicos ou a recursos como o laser.
1. Peeling físico
Neste tipo de peeling, a ideia é usar um material abrasivo (ou seja, que lembra uma lixa) para promover a descamação desejada. Isso ocorre por meio do atrito da pele com o produto escolhido. As opções mais utilizadas são cristais e pontas de diamante.
Adicionalmente, é possível recorrer à chamada microdermoabrasão para obter melhores resultados. Nesses casos, são utilizados instrumentos que aplicam pressão sobre a pele a ser tratada.
Entre as vantagens dos peelings físicos estão sua segurança e ampla aplicabilidade. São poucas as restrições. Normalmente, todos os tipos de pele podem se beneficiar dos resultados.
Contudo, tal método tende a apresentar resultados mais modestos. A razão para isso é simples: ele alcança apenas as camadas mais superficiais. Isso dificulta a obtenção de benefícios em casos que envolvam cicatrizes e rugas profundas, por exemplo.
2. Peeling químico
Como o próprio nome sugere, neste tipo de peeling, o desgaste da pele é realizado a partir da aplicação de substâncias químicas. As alternativas comumente utilizadas são:
- Fenol
- Ácido retinóico
- Ácido glicólico
- Ácido salicílico
- Ácido tricloroacético
Por meio dessas opções, médico e paciente podem determinar a profundidade da renovação, repetindo as aplicações se necessário.
Embora tenha o potencial de entregar resultados mais significativos, tal alternativa pode enfrentar restrições. Ela não pode ser realizada em mulheres grávidas, pessoas com determinadas doenças de pele ou por quem não pode restringir sua exposição ao Sol, entre outros fatores.
Além disso, a estrutura necessária para sua realização é maior (muitas vezes exigindo ambiente hospitalar). Por fim, a recuperação é bem mais complexa e necessita de um período consideravelmente mais amplo.
4. Peeling a laser
Neste tipo de peeling, uma fonte de luz específica tem a missão de remover as camadas de pele necessárias para garantir a renovação da superfície.
Por meio de equipamentos específicos, é possível determinar a profundidade alcançada e, com isso, os resultados obtidos em cada aplicação.
No entanto, é preciso sempre considerar que procedimentos que atingem camadas mais profundas também exigem um tempo maior de recuperação. Além disso, de modo similar ao que acontece com os peelings químicos, pode ser necessário seguir à risca uma série de recomendações no período de recuperação.
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Cuidados necessários para obter o resultado esperado
Ainda que tenham fins similares, cada um dos tipos de peeling demanda atenção específica com determinados fatores para que seja possível realizar tudo da forma mais segura possível. Logo, seja qual for a abordagem escolhida, é importante sempre:
- Passar por uma consulta de avaliação com um médico dermatologista
- Entender as possibilidades de cada procedimento
- Acompanhar as orientações necessárias durante a recuperação
Normalmente, peelings físicos oferecem uma maior tranquilidade nos dias que se seguem após o tratamento. Já intervenções químicas ou com laser profundo podem exigir uma série de medidas específicas, devidamente orientadas pelo médico responsável.
Na maioria dos casos, a restrição praticamente total da exposição ao sol acaba sendo a principal preocupação. Adicionalmente, pode ser indicado evitar a manipulação da superfície por determinado período e garantir um reforço da hidratação posteriormente.
Existe peeling caseiro?
Não é difícil encontrar receitas com promessas de renovar a pele a partir de ingredientes disponíveis na cozinha ou banheiro.
Embora parte delas possa sim ser útil de alguma forma na manutenção de uma pele bonita, tais aplicações caseiras dificilmente terão os mesmos resultados de um peeling profissional.
Dependendo dos elementos utilizados, é possível, no máximo, alcançar uma esfoliação bastante superficial, removendo impurezas em localidades mais externas da pele.
Acima de tudo, é fundamental se precaver de misturas perigosas, principalmente quando a promessa de resultado é muito aquém da realidade.
Como evitar riscos desnecessários
Por falar em promessas suspeitas, esse é um dos principais sinais de alerta para quem está à procura de um local de confiança para se submeter a um peeling.
Além disso, é indispensável conferir as credenciais do profissional que oferece o serviço. Ele deve ser sempre um médico dermatologista registrado. Checar a estrutura do espaço em que o procedimento será feito também é fundamental.
Frequentemente, casos envolvendo as consequências negativas do mau uso de peelings (em especial os químicos à base de fenol) ocupam as manchetes, ressaltando esses possíveis riscos. Não por acaso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia reforça a obrigatoriedade de condições mínimas necessárias para que essas aplicações sejam feitas com a devida segurança.
Tais incidentes não devem servir para condenar todos os tipos de peeling, mas sim para destacar que nunca é boa ideia substituir o suporte e orientação de um profissional devidamente qualificado durante o procedimento.
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