A toxina botulínica é uma proteína produzida pela bactéria Clostridium botulinum e que tem o poder de paralisar os músculos. Ainda que seja mais conhecida por sua ação na área de dermatologia, a substância é amplamente usada na medicina em geral.
São exemplos de seu uso: combate a dores neuropáticas, bexiga hiperativa, estrabismo, assimetria causada por paralisia facial, bruxismo, sorriso gengival e até enxaqueca crônica.
Em todos os procedimentos, sejam estéticos ou não, a toxina botulínica é usada em pequenas quantidades e aplicada em locais específicos, sendo capaz de grandes feitos.
A seguir, vamos saber mais sobre seu uso e sua atuação no combate e prevenção dos sinais de envelhecimento da pele.
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Como a toxina botulínica combate as rugas
Em dermatologia estética, a toxina botulínica é usada em quantidades muito pequenas, em pontos específicos do rosto. O objetivo é bloquear apenas o impulso que orienta determinado músculo, causando o relaxamento local.
Com isso, a pele que está ao seu redor não se contrai e, portanto, não forma rugas e marcas de expressão.
Quando o procedimento é feito de tempos em tempos, é possível observar que os músculos tratados enfraquecem e perdem o poder de contrair a pele ao seu redor. Por isso, dizemos que a toxina botulínica age também na prevenção dos efeitos do envelhecimento.
Por falar em tempo, a toxina botulínica começa a fazer efeito entre 3 e 7 dias depois da aplicação e essa condição dura entre 3 e 6 meses, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. Isso varia bastante de um paciente para outro, porque depende de como cada organismo lida com a substância.
Nesse aspecto, o acompanhamento de um dermatologista é essencial. Com avaliações regulares, é possível determinar quando os músculos tratados recuperaram o seu movimento normal e, portanto, dizer qual é o momento de fazer uma nova aplicação.
Essa rotina de tratamento com toxina botulínica deve ser interrompida quando há efeitos colaterais mais sérios, mas já adianto que isso é bastante raro.
Em geral, após o procedimento, podem surgir pequenos hematomas nos locais onde a agulha foi inserida, mas eles logo são absorvidos pelo corpo. Há casos em que a pessoa sente um pouquinho de dor de cabeça pela tensão muscular na face, mas isso não dura mais do que alguns dias.
Lembrando que, para amenizar o desconforto das picadinhas da aplicação da toxina botulínica, usamos um anestésico local. Então, não se preocupe com a dor.
A seguir, conheça as principais indicações do procedimento.
Quando a toxina botulínica é indicada
De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, dentro da área estética, a aplicação de toxina botulínica é indicada para amenizar linhas de expressão e rugas profundas.
Em geral, estão na mira da substância as linhas verticais entre as sobrancelhas, os pés-de-galinha nos cantos dos olhos, as linhas horizontais na testa e as bandas do músculo platisma, conhecido como “pescoço de peru”.
E existem músculos do rosto que não podem ser tratados com toxina botulínica? Sim, há alguns impedimentos para a aplicação em alguns deles porque sua paralisação pode impedir a realização de funções importantes na expressão natural da pessoa.
É o caso do músculo que levanta as sobrancelhas e dos músculos da linha do sorriso (quando, pode haver prejuízos até na hora de comer).
Como comentei antes, o uso da toxina botulínica é amplo, inclusive na área de dermatologia. Estes são alguns procedimentos onde a substância também é usada:
- Tratamento de hiperidrose — trata-se da transpiração excessiva nas axilas, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés. Nesse caso, a toxina botulínica age paralisando as glândulas que são responsáveis pela produção do suor;
- Controle da rosácea — a condição causa vermelhidão e inflamação especialmente no rosto, comprometendo a qualidade de vida. Aqui, o uso da toxina botulínica visa o sistema vascular e a atividade sebácea, podendo reduzir os sintomas por até três meses.
Quer saber mais sobre essa substância tão poderosa? Vamos conhecer alguns mitos e verdades sobre ela!
Mitos e verdades sobre toxina botulínica
Os efeitos do procedimento não são imediatos.
VERDADE. A paralisação do músculo tratado leva de 48 a 72 horas para acontecer. Por isso, é necessário um retorno depois de alguns dias do procedimento para que o resultado seja avaliado pelo dermatologista.
A toxina botulínica só age em rugas antigas.
MITO. Como comentei lá no começo, a aplicação da substância é interessante para a prevenção de rugas.
Só vale a pena começar a usar a substância depois dos 35 anos.
MITO. Não existe uma idade correta para que se inicie o procedimento. Em geral, as aplicações podem começar a ser feitas a partir dos 25 ou 30 anos, quando começam a aparecer as primeiras rugas. Mas quando a ideia é prevenir, seu uso pode ser iniciado até antes disso.
Nem todo mundo pode passar pelo procedimento.
VERDADE. O uso da toxina botulínica é contraindicado para quem tem alergia conhecida ao medicamento ou a seus componentes; infecção no local do bloqueio; e em casos de gravidez e aleitamento.
A aplicação é muito dolorosa.
MITO. Antes de o procedimento ser iniciado, ocorre a aplicação de um anestésico local que ameniza o desconforto da aplicação. Os possíveis efeitos colaterais são pequenos hematomas nos locais da injeção, dor de cabeça e congestão nasal, que são reversíveis.
A toxina botulínica não é usada em preenchimentos.
VERDADE. Para preenchimento em pontos do rosto ou mesmo nos lábios, são usadas outras substâncias, como o ácido hialurônico. A confusão pode acontecer porque as duas podem ser usadas em conjunto em um procedimento como o MD Codes, que visa a harmonização facial.
Não é preciso fazer aplicação da toxina, um creme basta.
MITO. Ainda não há comprovação científica de que cremes faciais contendo toxina botulínica sejam eficientes no combate e prevenção de rugas porque não atingem camadas mais profundas da pele. Para se obter o efeito desejado, ainda é preciso fazer injeções da substância no músculo.
Para saber se procedimentos com toxina botulínica são indicados para você, venha conversar comigo!
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