Conheça os 3 tipos mais comuns de calvície feminina

Calvície feminina não é tudo igual: conheça os problemas mais comuns

Mulher reparando na queda de cabelos

Ainda que a gente costume associar o problema da queda de cabelo aos homens, a calvície feminina existe e afeta um número significativo de mulheres. Como pode ter diferentes origens, existem também diferentes sintomas e formas de tratamento e prevenção.

Confira a seguir os tipos mais comuns de calvície feminina.

Calvície feminina pode vir de alteração hormonal

A calvície feminina na sua forma mais conhecida, na verdade, é chamada alopecia androgenética e é um tipo de queda de cabelos geneticamente determinado.

A doença se desenvolve desde a adolescência, quando o estímulo hormonal aparece e faz com que, em cada ciclo do cabelo, os fios venham progressivamente mais finos. Ainda assim, isso só é aparente após algum tempo, por volta dos 40 ou 50 anos.

A queixa mais frequente nesse tipo de calvície feminina é a de afinamento dos fios. Os cabelos ficam ralos e, progressivamente, o couro cabeludo fica mais aberto. A região central da cabeça é a mais acometida e pode haver associação com irregularidade menstrual, acne, obesidade e aumento de pelos no corpo.

O tratamento é baseado em estimulantes do crescimento dos fios e bloqueadores hormonais. O objetivo é estacionar o processo e recuperar parte do cabelo que foi perdida.

Vale saber que a menopausa e a suplementação de hormônios masculinos são condições que costumam acentuar a alopecia androgenética.

Causa da calvície feminina pode ser inflamatória

É o caso da alopecia areata, uma doença inflamatória, não contagiosa, que provoca a queda brusca de cabelo. Diversos fatores estão envolvidos nesse tipo de calvície feminina, como a genética e a participação autoimune.

Nesse caso, os fios começam a cair resultando em falhas circulares na cabeça ou em outros locais do corpo que tenham pelos. A extensão dessa perda varia: poucas regiões podem ser afetadas, mas pode haver perda total dos cabelos.

Fatores emocionais, traumas físicos e quadros infecciosos podem desencadear ou agravar o quadro. A alopecia aresta pode, ainda, vir acompanhada de outras doenças autoimunes como vitiligo, problemas da tireoide e lúpus eritematoso, por exemplo.

A boa notícia é que diversos tratamentos estão disponíveis e geralmente envolvem o uso de medicamentos, que podem ser tópicos ou injetáveis, diretamente no couro cabeludo. O objetivo é controlar a doença, reduzir as falhas que existem e evitar que novas surjam.

E aqui vai um fato curioso sobre essa manifestação de calvície feminina: o estresse está estreitamente relacionado ao problema, piorando, inclusive, as doenças autoimunes. Por isso, manter as emoções controladas também é uma orientação de tratamento.

E quando o cabelo cai em maior volume?

Sabe quando você percebe que mais fios estão caindo pelo volume do que aparece no chuveiro ou na escova de cabelos? Esse é o eflúvio telógeno, que pode ser de dois tipos:

  • Agudo: sua causa está associada a algum evento que aconteceu três meses antes do início da queda. Os mais comuns são pós-parto, febre, infecção aguda, sinusite, pneumonia, gripe, dietas muito restritivas, doenças metabólicas ou infecciosas, cirurgias, especialmente a bariátrica, por conta da perda de sangue e do estresse metabólico, além do estresse.
  • Crônico: a fase na qual os fios caem muito se assemelha à versão aguda. Porém, em longo prazo, é diferente – os fios vão caindo cada vez mais e de forma cíclica. Conforme o tempo passa, a mulher fica com o cabelo mais volumoso na base e menos volumoso no comprimento. O problema nem sempre tem causa definida, mas sabe-se que está associado a doenças autoimunes, especialmente a tireoidite de Hashimoto.

Nos dois casos, o principal sintoma desse tipo de calvície feminina é a queda aguda do cabelo, com aumento dos fios que caem dia a dia. Mas coceira no couro cabeludo, principalmente na região posterior, também pode estar presente.

Como o eflúvio telógeno é autolimitado, infelizmente, não há um tratamento específico para o problema. Algumas medicações, que são estimuladoras do crescimento capilar, podem ser associadas para acelerar esse processo de recuperação. Mas tudo depende de uma avaliação médica, inclusive para entender se há alguma condição clínica associada.

Se você se identifica com algum sintoma de calvície feminina, não se automedique. Isso pode piorar o quadro e dificultar um tratamento adequado. Converse com um dermatologista!

Quer saber mais dicas e novidades em saúde e beleza? Continue navegando pelo meu blog!

Dra. Carla Bortoloto
Dra. Carla Bortoloto
Médica dermatologista, CRM-SP 122.883, formada pela UNIG (RJ). Especializou-se em Clínica Médica e Medicina Interna pela Casa de Saúde São José (RJ) e em Dermatologia Clínica e Cirúrgica pela Faculdade de Medicina Souza Marques (RJ). É membro da American Academy of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Dermatologia Clínica e Cirúrgica (SBDCC).

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