5 terapias ajudam a acabar com a transpiração excessiva I Dra. Carla B.

Cinco terapias ajudam a acabar com transpiração excessiva

Mulher sentada suando

Cinco terapias ajudam a por fim na transpiração excessiva

A transpiração, por mais incômoda que seja, é uma resposta natural e saudável do organismo às altas temperaturas. Quando seu corpo esquenta, o suor, em contato com o ambiente, evapora e tira um pouco do calor da pele e, consequentemente, da parte interna do corpo. O problema surge quando essa produção de suor é excessiva e causa constrangimento, doença chamada de hiperidrose.
A boa notícia é que já existem alguns tratamentos que podem amenizar ou até mesmo eliminar o incômodo. Segundo Carla Bortoloto, dermatologista e especialista em medicina estética do IPTCP (Instituto de Pesquisa e Tratamento do Cabelo e da Pele), esses tratamentos normalmente são feitos nas axilas, palmas das mãos e plantas dos pés, lugares com maior incidência de hiperidrose.
“O que determina qual método é o melhor para cada paciente é o nível de evidência, ou seja, a gravidade da situação. Os tratamentos trazem muito mais qualidade de vida para o paciente, portanto, são muito recomendados”, explica.
Confira abaixo os tratamentos mais indicados para resolver problemas de transpiração excessiva.
Toxina botulínica (Botox)
Como é feito: assim como o Botox, é aplicado com injeções na região afetada, com anestésico tópico. O procedimento é feito em consultório por um dermatologista e dura 40 minutos.
Resultados: é considerado o melhor tratamento, pois elimina totalmente o suor enquanto durar o efeito. É preciso reaplicá-lo uma vez ao ano (a cada 10 meses, aproximadamente) e garante ótimos resultados, de forma que o paciente não apresenta nenhum suor e muitos não sentem necessidade de usar desodorante.
Desodorantes com hidróxido de alumínio 
Como é feito: aparenta um desodorante comum, porém, contém um composto químico chamado hidróxido de alumínio. Não é vendido pronto, e sim manipulado em laboratórios a partir de uma receita médica dada por um dermatologista.
Resultados: diminui a sudorese excessiva, mas não a elimina. Indicado para quem tem o problema de forma leve. Os resultados podem demorar até 90 dias para aparecer.
Iontoforese
Como é feito: é um tratamento que pode ser feito em casa. A partir de placas elétricas colocadas nas palmas das mãos ou plantas dos pés (não é indicado para axilas), há a troca de carga elétrica da pele de positiva para negativa.
Resultados: diminui a sudorese em até 40%. As aplicações têm que ser feitas durante 15 minutos, diariamente. O tratamento está caindo em desuso pela falta de disponibilidade dos pacientes de fazer a aplicação todos os dias.
Medicamentos (metabloqueadores e ansiolíticos)
Como é feito: os medicamentos metabloqueadores são largamente indicados para quem tem pressão alta, mas em doses menores podem ajudar a reduzir a sudorese excessiva. Os ansiolíticos (remédios que diminuem a ansiedade) também são indicados em alguns casos. Todos precisam ser tomados diariamente e necessitam de prescrição médica.
Resultados: os resultados mudam de acordo com cada paciente, mas podem diminuir a sudorese de 30% a 40%.
Simpapectomia (cirurgia)
Como é feito: é o método mais invasivo. Feito em hospitais com aplicação de anestesia local, é realizada uma cirurgia diretamente na região e é eliminado o nervo responsável pelo controle do suor.
Resultados: elimina a sudorese quase completamente. Porém, há o risco de um efeito colateral chamado sudorese compensatória, quando outra região começa a suar no lugar daquela em que foi feita a cirurgia. Por exemplo, uma pessoa que foi operada nas axilas pode começar a ter sudorese na barriga.
Dra. Carla Bortoloto
Dra. Carla Bortoloto
Médica dermatologista, CRM-SP 122.883, formada pela UNIG (RJ). Especializou-se em Clínica Médica e Medicina Interna pela Casa de Saúde São José (RJ) e em Dermatologia Clínica e Cirúrgica pela Faculdade de Medicina Souza Marques (RJ). É membro da American Academy of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Dermatologia Clínica e Cirúrgica (SBDCC).

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