A pele vermelha é uma condição relativamente comum e que pode não ser motivo para grandes preocupações ou sinônimo de que algo que não vai bem com a sua saúde. Mas ainda que a vermelhidão seja passageira e não traga outros sintomas, como coceira ou sensação de ardência, é algo que precisa ser investigado — especialmente se for recorrente.
Hoje, vou falar com mais detalhes sobre 5 possíveis causas da pele vermelha e, se você se identifica com aquelas que podem indicar um problema de pele, consulte um dermatologista para avaliação e tratamento específicos.
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1. Esforço por causa de exercícios físicos pode deixar a pele vermelha
É muito comum ficar com as bochechas rosadas depois de fazer exercícios. Em algumas pessoas, rosto, pescoço e até colo podem ganhar um tom intenso que pode assustar. Mas, nesse caso, não é necessário buscar ajuda.
A pele vermelha durante a prática de atividade física é resultado de coração e respiração mais acelerados. Isso faz com que o sangue circule com agilidade suficiente para levar mais oxigênio para todas as células do corpo.
A condição, somada à maior temperatura do organismo, faz com que os vasos sanguíneos se dilatem para que essa entrega de oxigênio seja ainda mais eficiente para os músculos — que estão trabalhado a todo vapor.
É essa vasodilatação que causa a pele vermelha no rosto. Por isso, o sintoma desaparece algum tempo depois da atividade, quando ritmo cardíaco, respiração e temperatura corporal voltam ao normal.
Quer atenuar o problema? Algumas dicas úteis:
- Mantenha-se hidratado durante toda atividade física, pois isso vai estabilizar a temperatura corporal e controlar a vasodilatação;
- Quando estiver frio, prefira fazer exercícios em lugares fechados e com a temperatura ambiente controlada. Se treinar ao ar livre, prefira roupas mais escuras, que absorvem o calor e evitam uma mudança brusca de temperatura — fator que estimula a dilatação dos vasos;
- Em dias quentes, evite lugares muito úmidos e prefira roupas mais claras para refletir a luz do sol e manter a temperatura do corpo mais estável.
2. Psoríase deixa a pele vermelha em locais específicos
A psoríase tem um conjunto de sintomas confundíveis com outras doenças. A pele vermelha é um deles. Os outros incluem:
- Lesões recobertas por escamas esbranquiçadas, que afetam especialmente os cotovelos, joelhos, couro cabeludo, unhas, palmas das mãos e plantas dos pés;
- Manchas, coceira, queimação e dor, unhas grossas, sulcadas ou com caroços;
- Em casos mais graves e avançados, danos às articulações, com dor e inflamação articular.
As causas da psoríase ainda são desconhecidas, mas sabe-se que envolvem questões autoimunes e genéticas. Também sabemos que alguns fatores externos podem causar o surgimento ou a piora das lesões, como o tempo frio, as infecções e o estresse.
O hábito de coçar ou de mexer nas lesões, além de os banhos quentes e prolongados, piora o quadro, provocando, muitas vezes, ressecamento e coceira.
O diagnóstico da psoríase é realizado por exame dermatológico e, nos casos mais leves, normalmente, são prescritos medicamentos como pomadas, loções, xampus ou gel. Em casos mais avançados, são indicadas sessões de fototerapia por ultravioleta, com ou sem remédio, medicamentos de uso oral ou injetável.
O tratamento deve ser sempre indicado por um médico. Por isso, se você percebe que sintomas que vão além da pele vermelha nos locais do corpo onde a psoríase é mais comum, converse com um dermatologista.
3. Rosácea deixa a pele vermelha no rosto
A rosácea é uma doença de predisposição individual e genética que deixa a pele vermelha principalmente da região central do rosto. Isso pode acontecer de maneira espontânea ou diante de fatores de risco. Vou falar sobre eles adiante!
Os sintomas de rosácea são caracterizados por pele sensível, geralmente mais seca, que começa a ficar vermelha facilmente, podendo evoluir até o ponto de aparecerem vasos finos e lesões que lembram a acne. Em casos mais sérios, podem ocorrer inchaço e nódulos na pele.
Frequentemente, sensação de olho seco e sensível à inflamação nas bordas das pálpebras podem ocorrer.
Um sintoma pode ser mais proeminente que outro, variando muito de uma pessoa para outra. Tanto que é recomendado que se mantenha um diário para identificação do que desencadeia ou piora a rosácea em cada caso.
Como a radiação ultravioleta é um fator desencadeante e agravante da rosácea, o uso de filtro solar diariamente é fundamental para evitar a pele vermelha típica da doença. Outros fatores agravantes são bebidas alcoólicas, bebidas quentes ou condimentados, temperatura muito fria ou muito quente, medicamentos vasodilatadores e transtornos emocionais, como estresse.
Não há cura para a rosácea, mas há tratamento e controle, com muitos avanços recentes. O uso de sabonetes e medicamentos específicos é recomendado, assim como procedimentos com laser e até toxina botulínica.
Importante dizer que a pele de quem sofre com rosácea é extremamente sensível, por isso, toda a recomendação deve vir de um dermatologista.
4. Dermatite atópica ou de contato também deixam a pele vermelha
A dermatite atópica é um quadro inflamatório da pele que vai e volta, podendo haver intervalos de meses ou anos entre uma crise e outra. As características principais da doença são ressecamento e coceira. A pele vermelha, esfolada, com áreas espessas e bolhas, também pode ser sintoma do problema.
O objetivo do tratamento da dermatite atópica visa o controle da coceira, a redução da inflamação da pele e a prevenção das recorrências. Para isso, recomenda-se o uso de hidratantes para todos os casos. Mas outras medidas podem ser necessárias, como:
- Evitar o contato com alérgenos ambientais, como poeira, pólen, sabonetes com perfume, produtos de limpeza doméstica e tabaco;
- Não tomar banhos quentes, que ressecam ainda mais a pele;
- Preferir sabonetes especiais, sintéticos, antirressecamento, respeitando o pH da pele;
- Usar medicamento via oral.
A dermatite de contato também é uma reação inflamatória, mas, nesse caso, é decorrente da exposição a um agente capaz de causar irritação ou alergia. E a lista do que pode provocar isso costuma ser grande: desde plantas, metais e produtos de limpeza até contato com tecidos e cosméticos.
O diagnóstico acontece pelo teste alérgico de contato (patch-test) que consiste na aplicação de 30 a 40 substâncias nas costas. Esses adesivos ficam na pele por 48 horas para observação de alergia no local. De acordo com a substância testada, pode ser sugerida a causa da dermatite de contato.
Além da pele vermelha, a doença pode trazer sintomas que dependem da causa: ardor ou queimação até intensa coceira. As reações alérgicas podem ocorrer repentinamente ou meses após a exposição a uma substância, e as mãos costumam ser os principais alvos.
O tratamento, indicado por um dermatologista, depende muito da extensão e da gravidade do quadro, e as medidas poderão ser apenas locais ou incluir a utilização de medicações via oral ou injetável.
5. E a pele vermelha da exposição solar?
Ainda que pareça inofensiva, a condição é, sim, um problema. Afinal, indica que a exposição solar foi desprotegida, aumentando o risco de aparecerem sinais de envelhecimento precoce, manchas e até câncer de pele.
Lembrando que é a radiação UVB, mais intensa entre 10h e 16h, que atinge a pele mais superficialmente e provoca queimaduras e vermelhidão. A radiação UVA, cuja intensidade pouco varia ao longo do dia, é aquela que penetra profundamente na pele, aumenta o risco de câncer e causa fotoenvelhecimento.
Para evitar qualquer problema de pele, o filtro solar precisa ser usado diariamente por pessoas de todas as idades, independentemente da tonalidade da pele. O produto precisa ser aplicado cerca de 30 minutos antes da exposição ao sol, em todas as áreas, e reaplicado a cada duas horas, ou até antes, caso se esteja na praia, na piscina ou realizando atividades que causem transpiração excessiva.
Não sabe como escolher o filtro solar mais adequado para você? Confira um guia especial que vai ajudar nessa missão!
Se você percebe que a pele vermelha é uma condição comum na sua rotina, procure um dermatologista para uma avaliação.
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