Bolinha na pele que só cresce? Pode ser queloide, saiba como tratar

Queloide: conheça as características e saiba como evitar

Dermatologista e mulher cliente durante tratamento de queloide

Você sabe o que é queloide e como evitar o crescimento anormal deste tecido cicatricial? Em outras palavras, podemos dizer que o queloide é uma cicatriz exagerada que surge quando o nosso organismo precisar dar uma resposta a alguns fatores, como inflamações, queimaduras ou até mesmo uma incisão cirúrgica

Esse tipo de cicatriz pode surgir em qualquer lugar do corpo, contudo, há locais em que é mais comum o seu aparecimento, como no lóbulo da orelha, assim como nos ombros, na região peitoral ou sobre a incisão de cesárea.

Entre as características principais do queloide, vale destacar que ele se apresenta como uma lesão tumoral avermelhada ou acastanhada, endurecida, e muitas vezes causa desconforto e dor ao local acometido. Essa lesão, geralmente, ultrapassa os limites do ferimento. Nesse sentido, entenda que o queloide é diferente da cicatriz hipertrófica. Neste caso, a cicatriz fica restrita ao limite do ferimento. 

É queloide ou granuloma?

Muitas pessoas confundem o queloide com o granuloma. Em resumo, a principal diferença é que, geralmente, o queloide apresenta uma disformidade mais agressiva.

Falando especificamente do granuloma, trata-se de um tipo de inflamação no tecido do organismo humano, em forma de nódulo, uma bolinha mesmo, que surge principalmente como consequência da reação de células imunológicas que tentam eliminar os agentes estranhos que tentam adentrar o nosso corpo.

Ou seja, o granuloma se forma em razão da tentativa do sistema imunológico de proteger o corpo. Portanto, se os agentes ofensivos apresentarem uma maior resistência à “briga” contra as defesas do nosso organismo, eles se acumulam, criando essa pequena deformação. 

Os granulomas podem aparecer a partir de infecções provenientes de doenças como a tuberculose, a hanseníase, assim como a sífilis, a Histoplasmose (um tipo de micose sistêmica provocada por fungo), a esquistossomose, entre outras. Doenças não-infecciosas, como a febre reumática e a artrite reumatoide também podem causar o problema. A saber, infecções geradas pelo uso de piercing estão entre as possíveis causas do granuloma.

Para resolver o problema, é aconselhável procurar um médico especialista. Assim sendo, o tratamento será desenvolvido a partir da descoberta das causas que levaram à formação do nódulo.

Porém, confira algumas maneiras bastante eficazes para combater esta bolinha:

  • Fazer uma curetagem e cauterização;
  • Passar por uma cirurgia a laser;
  • Procurar o processo de crioterapia.

Como evitar o surgimento do queloide?

Infelizmente, os queloides não contam um tratamento tópico seguramente eficaz. Alguns tratamentos consistem em reduzir a produção ou o acúmulo do colágeno por meio de cremes, mas somente essa medida pode não atingir o resultado esperado. 

Quando o problema já está instaurado, é difícil obter sua redução ou regressão. Dessa maneira, é muito importante dar a devida atenção ao histórico pessoal e familiar do paciente para prevenir sua formação.

Se o queloide já estiver bem desenvolvido, tratamentos mais invasivos podem ser necessários, inclusive com processos cirúrgicos.

Por isso, usar alguns artifícios para garantir a prevenção é sempre válido. Por exemplo, fazer a chamada terapia de radiação pré-operatória é uma forma bastante útil para prevenir o surgimento da queloide. Além disso, outro método indicado é o uso precoce de curativos à base de silicone. 

Um estudo da Sociedade Brasileira de Dermatologia revelou que cerca de 34% das cicatrizes exageradas tiveram uma diminuição após os pacientes usarem o gel de silicone diariamente durante seis meses

É de suma importância lembrar que pequenos traumas podem ocasionar queloides, portanto, em indivíduos propensos, quanto mais rápido o problema for tratado, menor será o risco de se formarem novas lesões. 

Conheça os 9 tratamentos mais indicados para a remoção do queloide

Para tratar o queloide, o médico poderá utilizar uma combinação de técnicas, entretanto, isso não é garantia de sucesso no procedimento. Existe também a chamada monoterapia, que é o uso de apenas um método. 

Acompanhe algumas opções terapêuticas mais comuns para garantir o bem-estar do paciente:

  1. Remoção cirúrgica;
  2. Radioterapia local;
  3. Uso de placas de silicone;
  4. Injeções de corticosteróides;
  5. Utilização de fitas oclusivas de corticosteroides;
  6. Betaterapia (radioterapia);
  7. Terapia fotodinâmica;
  8. Criocirurgia (congelamento);
  9. Laserterapia (aplicação de laser sobre a lesão). 

A escolha do tratamento vai depender do local em que o problema foi constatado, bem como do tamanho da cicatriz.Quer saber mais dicas e novidades em saúde e beleza? Continue navegando pelo meu blog!

Dra. Carla Bortoloto
Dra. Carla Bortoloto
Médica dermatologista, CRM-SP 122.883, formada pela UNIG (RJ). Especializou-se em Clínica Médica e Medicina Interna pela Casa de Saúde São José (RJ) e em Dermatologia Clínica e Cirúrgica pela Faculdade de Medicina Souza Marques (RJ). É membro da American Academy of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Dermatologia Clínica e Cirúrgica (SBDCC).

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