Veja 5 cuidados com o piercing para não prejudicar a pele

5 cuidados com o piercing para não prejudicar a pele

menina sorrindo com piercing no nariz

Optar pela utilização do piercing se tornou bastante comum, em todo o mundo, entre homens e mulheres. Afinal, muitas pessoas desejam estar em dia com a estética e os artigos de beleza são verdadeiros aliados. Assim como qualquer intervenção no corpo, os cuidados com o piercing precisam ser levados a sério.

Dessa forma, o Sistema Único de Saúde (SUS) em parceria com o Estado de São Paulo e a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA), elaboraram um guia completo destinado aos Profissionais de Tatuagem, Piercing e Maquiagem Definitiva. Esse conteúdo aborda, entre outros assuntos, os principais cuidados com o piercing no que se refere à higiene e limpeza.

Ao decidir colocar um piercing, o passo seguinte é definir o local onde ele ficará. Os mais comuns são: orelha, nariz, umbigo, mamilo e boca. Por mais delicado que seja o furo, é essencial que o profissional saiba exatamente onde aplicá-lo, já que existem partes do corpo que devem ser preservadas.

A região da orelha, por exemplo, requer uma atenção especial. Isso porque os profissionais de acupuntura alertam que somente uma parte da orelha pode ser furada sem que traga problemas futuros. Este local deve ser neutro, evitando desequilíbrios no corpo.

Quem nunca se perguntou se quem tem piercing e tatuagem pode doar sangue? Segundo o Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira, apenas pessoas com piercing na boca não podem doar sangue, uma vez que essa região está mais receptiva a infecções, só estando apto, assim, após 12 meses da retirada do piercing.

Confira agora os 5 cuidados com o piercing

Alguns mitos e verdades realmente existem quando se fala em cuidados com o piercing. Por isso, nesse artigo, você encontra 5 dicas importantes sobre o que se deve fazer. Confira agora!

1. Evite exposição ao sol

Mais atenção ainda caso o seu piercing seja na região do rosto, afinal, ficar exposto ao sol pode causar irritação e aumentar a possibilidade da formação de cicatrizes.

2. Não faça uso de dicas caseiras

A internet não é um bom lugar para encontrar informações confiáveis quando o assunto é a sua saúde. Não utilize nenhuma mistura caseira. No local onde foi feito o piercing é necessário hidratação para que o processo de cicatrização ocorra bem. O soro fisiológico pode te ajudar. Não esqueça de, após o banho, deixar o local bem sequinho.

3. Não faça uso de antissépticos ou sabonetes antibacterianos

O que acontece quando você faz uso deles é deixar a sua perfuração totalmente exposta a bactérias e microrganismos que podem causar as temidas infecções. O antisséptico possui efeito anestésico e pode maquiar os sinais caso algum problema esteja acontecendo no local perfurado.

4. Se você é diabético, fique atento!

Indivíduos diabéticos possuem maior comprometimento no processo de cicatrização. Dessa forma, a utilização do piercing requer cuidados redobrados a fim de evitar consequências graves como a amputação. Busque acompanhamento médico e entenda as necessidades e limites do seu corpo.

5. Evite consumir carne suína

Baseado no estudo desenvolvido pelo Incisional Wound Healing in Rats Submitted to Swuine Meet Feed a cicatrização de feridas é um processo complexo que envolve diversos eventos imunológicos e celulares. E se faz necessário suspender o consumo de alimentos remosos em momentos críticos de cicatrização.

Cuidados prévios necessários para a utilização do piercing

Alguns cuidados prévios à colocação do piercing também são essenciais. Por exemplo, se a região escolhida foi o rosto, fique atento! O recomendado é suspender o uso de produtos que, na sua composição, contenham uma porcentagem agressiva de ácidos. Essa medida visa evitar certo grau de sensibilidade na região antes da colocação do piercing.

Segundo pesquisas realizadas pela revista eletrônica de odontologia Rev Odonto, a língua é a região onde mais é usado o piercing, além de apontar a caracterização sociodemográfica da amostra, evidenciando que 50,5% dos sujeitos pertenciam ao gênero masculino e 49,5%, do gênero feminino.

Uma outra observação que chamou bastante atenção na análise dos perfis estudados nessa pesquisa é de que há uma prevalência de jovens com um bom nível de escolaridade e expressivo número de sujeitos do gênero feminino utilizando o piercing.

O número de mulheres aderindo ao piercing está em alta e acredita-se que isso se deve ao fato de o piercing ter se tornado, nos últimos anos, uma expressão de moda e estética, agradando a vaidade feminina.

É importante ficar atento às condições oferecidas pelo local onde será feita a aplicação do piercing. O local deve seguir as normas da vigilância sanitária, além de ser necessário o uso de EPIS durante todo o procedimento. O objetivo é claro: proteger os envolvidos dos eventuais riscos de infecção por microrganismos.

Qualquer alteração ou mudança feita no seu corpo, que resulte diretamente na sua saúde, é de extrema importância a ajuda de uma assistência médica especializada. Evite sempre a automedicação, as famosas “fórmulas mágicas” cada vez mais recorrentes no meio virtual. Consulte agora mesmo um(a) dermatologista.

Dra. Carla Bortoloto
Dra. Carla Bortoloto
Médica dermatologista, CRM-SP 122.883, formada pela UNIG (RJ). Especializou-se em Clínica Médica e Medicina Interna pela Casa de Saúde São José (RJ) e em Dermatologia Clínica e Cirúrgica pela Faculdade de Medicina Souza Marques (RJ). É membro da American Academy of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Dermatologia Clínica e Cirúrgica (SBDCC).

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